O vício, dependência física ou psicológica que faz alguém buscar o consumo excessivo de algo, e que a filosofia define como a incapacidade de um indivíduo em dominar seus impulsos é, extremamente, comum nas pessoas no cenário atual, principalmente quando se trata do vício tecnológico.
Se no adulto, esse tipo de vício traz consequências desastrosas, imagina-se o que traz a uma criança, resultando em problemas no agora e sequelas futuras.
A cada dia, tem-se mais notícias a respeito desse tema, o que traz preocupações de escolas e pais que não sabem lidar com a problemática.
De acordo com uma série de estudos realizados pela Universidade Estadual da Califórnia, EUA, os jogos eletrônicos podem ter efeitos viciantes similar ao abuso de drogas em geral no cérebro infantil, um perigo, se não dosado, aos pequeninos.
Segundo os pesquisadores americanos, o cérebro infantil, por ser mais sensível, processa os estímulos de forma mais rápida que uma cérebro adulto, ativando imediatamente e, com grande força, o sistema de recompensa quando visualiza jogos eletrônicos e plataformas de redes sociais, deixando-o mais suscetível a outros vícios no futuro, como por exemplo, drogas ilícitas e o alcoolismo.
Um dos problemas imediatos que deve ser combatido foi descoberto em um outro estudo da Unifesp, pela a psicóloga Fernanda Davidoff, feito com duzentos e sessenta e quatro estudantes, o qual revelou que 65% dos viciados em tecnologia, dormem pouco para continuar logados, 51% acessam a internet nas principais refeições e 33% usam o celular o tempo todo.
As notícias assombram, sobretudo quando terminam em tragédias e, o problema tem afetado o mundo de tal forma que a Organização Mundial de Saúde (OMS) está pretendendo classificar o vício digital como distúrbio psiquiátrico.
Segundo especialistas, distúrbios como ansiedade e depressão infantil têm sido motivo de preocupação também nas escolas, o que pode ser visível nas mudanças de comportamentos em salas de aula e socialização entre os alunos. Eles advertem sobre a atenção que os pais devem ter no controle do uso de tais mídias, restringindo o acesso em casos extremos e incentivando atividades físicas externas.
O mundo digital tem seus benefícios comprovados, entretanto a recomendação dos psiquiatras que tratam sobre o assunto é que os pais ponham limites de uso para que as crianças tenham a noção de até onde pode ir e, assim, tornem-se adultos mais saudáveis.